Atualmente, com tanto estresse e carga de trabalho, não é incomum as pessoas reclamarem com frequência de dor no pescoço, cujo nome científico é cervicalgia.
Agendar uma consultaAfinal, o pescoço é uma área com diversas terminações nervosas, músculos e ossos da região cervical da coluna vertebral.
Por também ser uma área que sofre com a movimentação da cabeça, além de ser uma região de descarga de tensões, o indivíduo pode sofrer com dor constante no pescoço.
Mas, será que só o estresse faz o pescoço doer? Existem outras causas? Será que uma dor no pescoço é preocupante?
Vamos ver as principais causas de dor no pescoço, como é feito o diagnóstico e os tratamentos.
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Tipos de dor no pescoço

Podemos dividir a dor no pescoço em dois grandes grupos: dor aguda no pescoço e dor crônica no pescoço
Dor no pescoço aguda
É o popular torcicolo, uma dor no pescoço que acontece de maneira súbita, geralmente resultado de má postura.
Seu diagnóstico é fácil, visto que além da dor, é possível perceber o enrijecimento da musculatura do pescoço e a dificuldade de movimentação da cabeça.
Esse tipo de dor costuma desaparecer em alguns dias e para melhorar, compressas de água quente para relaxar a musculatura são indicadas, bem como repouso e alongamentos.
Cervicalgia crônica
Já a dor crônica no pescoço pode ser sinal de outros quadros.
Ela também pode ser causada por má postura, sobretudo, em pessoas que usam o computador ou ficam olhando a tela de smartphones e tablets por longos períodos.
Geralmente, você não consegue identificar um único evento responsável pelo início da dor.
É uma dor de duração mais prolongada, em alguns casos, presente em período igual ou superior a 3 meses.
As causas para cervicalgia crônica são variadas, mas, em geral, constituem-se em problemas ortopédicos, como hérnias de disco, ou problemas reumáticos, como artrose.
Outras causas como câncer ou meningite também vêm acompanhadas de outros sintomas.
Causas de dor no pescoço

- Má postura;
- Tensão excessiva na região superior do corpo;
- Hérnia de disco cervical;
- Espondilose cervical;
- Artrose;
- Whiplash (efeito chicote);
- Câncer;
- Meningite.
Má postura
A má postura é campeã nas causas de dores agudas no pescoço, afetando também de maneira crônica quem não adota bons hábitos posturais.
Assim, como muitas pessoas trabalham com computador em posições pouco ergonômicas, a região cervical fica tensionada, levando à dor na região do pescoço.
É importante que a pessoa consiga avaliar que sua postura não é adequada e assim, buscar exercícios com um fisioterapeuta especializado em coluna.
Tensão excessiva na região superior do corpo
Pessoas trabalhando em ambientes estressantes ou que enfrentam diariamente altas cargas de estresse podem concentrar essa tensão na região dos ombros e pescoço.
Assim, a musculatura dessa região fica fortemente tensionada e por longos períodos. O resultado é dor no pescoço.
Para resolver esse problema, o ideal é verificar se você não está mantendo os ombros constantemente contraídos, aproximando-os das orelhas. Faça uma verificação durante o dia, de tempos em tempos.
Dessa forma, ao perceber contraindo-se os ombros, procure abaixar os ombros e respirar fundo.
Aproveite esse momento para elevar os braços acima da cabeça, fazendo um leve alongamento.
Uma simples respiração feita, mais consciente e de maneira mais profunda, já ajuda a relaxar um pouco a musculatura.
Procure trabalhar o que está causando tanto estresse e como aliviar esse estresse, não jogando tensão na musculatura cervical.
Hérnia de disco cervical
A hérnia de disco ocorre quando o disco intervertebral, que fica entre as vértebras da coluna, sofre degeneração.
Assim, as vértebras deixam de ter um adequado sistema de amortecimento entre elas, podendo comprimir terminações nervosas da região cervical.
Para manter a distância entre as vértebras, o organismo produz projeções ósseas, denominadas osteófitos, que também podem comprimir terminações nervosas.
Popularmente, os osteófitos são conhecidos como “bicos de papagaio”. Assim, pessoas com hérnia de disco cervical tendem a ter dores no pescoço.
Espondilose cervical
O envelhecimento pode trazer uma série de doenças, dentre elas, a espondilose, o desgaste das vértebras gerando compressão na medula espinhal.
Quando a espondilose afeta a região cervical, temos o quadro de espondilose cervical.
Para o tratamento da espondilose cervical, sessões de fisioterapia, bem como o uso de corticosteróides podem ter resultado positivo.
Porém, em alguns casos, a cirurgia é necessária. Somente o médico cirurgião ortopédico pode indicar a cirurgia para tratamento da espondilose cervical, quando o tratamento conservador não apresentou resultados positivos.
Artrose
Doença reumática degenerativa, a artrose resulta no desgaste das vértebras e dos ossos de articulações pelo corpo.
Presente em indivíduos de mais idade, a artrose também se manifesta em outras regiões, como dedos das mãos, ombro, joelhos, dentre outros, por exemplo.
Não há como reverter a artrose, mas há sim, como diminuir as dores e evitar a progressão da lesão.
Para isso, é necessária a consulta com um médico reumatologista, medicamentos para controle da progressão da doença e exercícios de fisioterapia, para manter a mobilidade.
Whiplash (efeito chicote)
Ocorre quando a pessoa sofre um acidente automobilístico, por exemplo, e devido ao impacto, a cabeça faz um movimento para frente e para trás, com violência.
Com isso, há lesões nos ligamentos e estruturas do pescoço, resultando em dor.
Esse tipo de dor é bastante comum e pessoas que sofrem acidentes automobilísticos, geralmente, são levadas do local do acidente em maca com proteção através de um colar cervical.
Depois, seus reflexos são testados e o paciente deve ficar em repouso, sob observação por algum tempo, para verificar se os danos não foram maiores após o acidente.
Câncer
Dores na região do pescoço podem preocupar o paciente que pensa em um diagnóstico mais severo, de câncer.
Mas, quando um paciente preocupa-se com câncer, deve se preocupar com outros sintomas concomitantes, como febre baixa, mal-estar e perda repentina de peso, não ligada a nenhuma dieta.
Assim, é sempre importante fazer exames preventivos frequentes.
Meningite
A meningite bacteriana é uma doença bastante grave e pode levar ao óbito. Mas, a dor no pescoço não é o único sintoma.
Na verdade, o sintoma é a rigidez da nuca, com dificuldade do paciente conseguir encostar o queixo no peito.
Outros sintomas também aparecem quando a meningite é uma suspeita: dor de cabeça, febre, náuseas, alterações do estado de consciência e erupções cutâneas.
Procure atendimento médico de urgência caso esses sintomas estejam presentes concomitantemente, principalmente em crianças, o público de maior risco para meningite.
Quando a dor no pescoço é preocupante?

A dor no pescoço é preocupante quando outros sintomas aparecem concomitantemente:
- Febre;
- Náuseas e vômitos;
- Dores de cabeça;
- Rigidez na nuca (dificuldades em abaixar o queixo no pescoço);
- Perda de força repentina em uma das mãos.
Nesses casos, procurar um médico de urgência é importante.
A perda de força em uma das mãos, de maneira repentina, pode indicar grande compressão de uma terminação nervosa e também necessita de atendimento médico especializado.
Como prevenir a dor no pescoço?

A prevenção é sempre a melhor estratégia para evitar dores no corpo. E com o pescoço não é exceção.
Para prevenção da cervicalgia, algumas medidas são importantes:
- Evite posturas mantidas por tempo prolongado, como por a cabeça para baixo para enxergar a tela do celular ou tablet. Eleve o equipamento para altura dos olhos;
- Movimente-se após ficar determinado tempo sentado na mesma posição, de frente ao computador, por exemplo. Faça pequenos exercícios de alongamento com os braços e movimente o pescoço para ambos os lados, alongando a musculatura;
- Em relação a posição de dormir, evite posições que gerem tensões ou rotações excessivas do pescoço;
- Use um travesseiro de acordo com seu conforto. Uma boa estratégia é ter alguns travesseiros de tamanhos variados;
- Caso vá dirigir por longos períodos, ajuste o banco e o volante, se possível, para uma altura ergonômica e faça pausas, de tempos em tempos, para se alongar.
Com essas medidas, você conseguirá prevenir muitas causas de dores no pescoço.
E lembre-se, caso esteja com dores crônicas, consulte um médico ortopedista e faça sessões de fisioterapia para aliviar a dor.
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