O cotovelo é uma articulação do corpo humano que permite os movimentos de flexão, extensão e rotação do antebraço, funcionando como uma dobradiça. Porém, em alguns casos, por diversas razões, há instabilidade do cotovelo.
Agendar uma consultaVamos ver quais as principais razões para instabilidade do cotovelo, como é feito o diagnóstico e o tratamento desse quadro.
Causas de instabilidade do cotovelo
A luxação do cotovelo, ou seja, quando há deslocamento das estruturas ósseas que compõe essa articulação, é a principal causa da instabilidade do cotovelo.
Para ocorrer a instabilidade do cotovelo, é necessária a frouxidão ligamentar, ou seja, que os ligamentos que sustentam os ossos da região não consigam suportar o movimento.
Subluxações também fazem parte das principais causas de instabilidade.
Agendar uma consultaTanto a luxação quanto a subluxação são resultados de quedas, sobretudo quedas com o braço esticado, nas quais toda a força do impacto recai diretamente sobre o cotovelo.
Outras razões para instabilidade do cotovelo são quadro de epicondilite lateral e epicondilite medial não tratados adequadamente e com evolução ruim.
Diagnóstico
Nem sempre a luxação do cotovelo é tão clara que pode ser diagnosticada sem qualquer exame.
Assim, o médico ortopedista geralmente faz uma avaliação física da articulação e muitas vezes, solicita exames de imagem para confirmar ou descartar uma hipótese diagnóstica.
Dentre os exames físicos mais utilizados para verificar a estabilidade do cotovelo está o teste Pivot-Shift, ou teste do pivô do cotovelo.
Nesse teste, o paciente deve estar em decúbito dorsal, com flexão do cotovelo a 70º e punho supinado.
Então, com o antebraço supinado, o examinador segura firmemente o braço do paciente.
Assim, evita-se uma rotação externa e com a outra mão, segura o punho do paciente. A seguir, o examinador realiza uma extensão, impondo força de compressão axial sobre o antebraço.
O resultado positivo desse teste indica possível subluxação/luxação úmero/ulnar e úmero/radial.
Além disso, exames de imagem são constantemente solicitados para confirmar um diagnóstico.
A radiografia é geralmente o primeiro exame solicitado, mas estruturas moles são visualizadas com mais detalhes em tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Tratamento de instabilidade do cotovelo
Quadros mais simples de instabilidade do cotovelo, quando não há lesão ligamentar, pode ser tratada com imobilização e exercícios posteriores para fortalecimento das estruturas da articulação.
Já quadros mais severos, em que houve luxação e fraturas ósseas, além de lesões ligamentares, devem ter encaminhamento cirúrgico.
Durante a cirurgia, pinos e placas podem ser utilizadas para fixação dos fragmentos ósseos, além de sutura ligamentar.
Após a cirurgia, a fisioterapia também é necessária para que o paciente retorne aos movimentos lentamente, além do fortalecimento muscular.
Prognóstico
O prognóstico de instabilidade do cotovelo depende muito do quadro clínico. Ou seja, se houve uma luxação sem dano ligamentar, o prognóstico é melhor que quando ocorrem fraturas ou danos nos ligamentos.
Mesmo em casos complexos, a aderência do paciente deve ser grande ao tratamento fisioterapêutico, para uma boa resolução do quadro.
Afinal, a imobilização da articulação pode gerar rigidez, limitando os movimentos.
Por isso, logo após a remoção da imobilização, é essencial que o paciente compareça às sessões de fisioterapia e retorne, gradualmente, à movimentação da articulação.
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