Tendinopatia é um termo que significa problema ou lesão no tendão, caracterizado por várias alterações na estrutura e que gera dor, fraqueza, cãibras e diminuição na amplitude de movimento, por exemplo. No caso do ombro, a tendinopatia mais comum é a tendinopatia do supraespinhal.
Agendar uma consultaMas, você sabe o que é a tendinopatia do supraespinhal? Quais são seus sintomas, como é seu diagnóstico e tratamento?
É sobre esses assuntos que falaremos, confira!
O que é tendinopatia do supraespinhal?

Trata-se de uma doença bastante comum em praticantes de esportes que utilizam o braço. Como exemplo, podemos citar praticantes de vôlei, basquete, handebol, nadadores, dentre outros que utilizam movimentos overhead (acima da cabeça), são alguns exemplos.
Nessa lesão, o tendão que une o músculo ao osso do braço apresenta-se inflamado. Assim, o paciente fica com dificuldades de movimentar normalmente o braço ou praticar os esportes que está acostumado (a).
Agendar uma consultaFatores de risco
Alguns grupos têm maior tendência a terem tendinopatia do supraespinhal. Embora essa lesão possa afetar ambos os sexos, ela é mais comum em maiores de 45 anos e também em alguns grupos de risco:
- Atletas como nadadores, jogadores de voleibol, handebol e tênis;
- Praticantes de arremesso de peso;
- Trabalhadores que ficam constantemente com o braço acima da cabeça, em movimentos repetitivos, como pintores.
Sintomas

O principal sintoma da tendinopatia do supraespinhal é a dor no ombro, sobretudo quando o paciente faz o movimento de girar o braço ou elevá-lo acima da cabeça.
Quando o paciente tem tendinopatia do supraespinhal, a dor parece intensificar-se durante a noite, o que traz grande incômodo ao paciente quando tenta dormir. Além disso, pode estar presente fraqueza nas mãos ou dificuldades de pegar objetos.
Com isso, há limitação da amplitude de movimento, o que compromete treinos e o dia a dia do paciente com essa patologia.
Causas
Nem sempre é possível identificar as causas que levam ao desenvolvimento de lesões nos tendões. No caso da tendinopatia, alguns fatores podem contribuir para o surgimento desse tipo de lesão.
1 – Esforço repetitivo
O esforço repetitivo, como é o caso de atletas, por exemplo, pode levar à inflamação do tendão supraespinhal.
Quando o músculo supraespinhal é constantemente exigido, sem tempo adequado para repouso, ou sem o fortalecimento muscular adequado, o tendão é exigido além do que consegue se recuperar.
O problema se inicia com um processo inflamatório, posteriormente se torna algo crônico e os sintomas são mais persistente
2 – Carregamento de peso excessivo
O tendão é uma faixa fibrosa. Quando o indivíduo levanta peso excessivo, mais do que suportado pelos músculos, pequenas fibras do tendão podem se romper, levando à lesão.
De fato, esse tipo de situação pode ocorrer principalmente quando o carregamento de peso não é adequadamente distribuído, sendo o maior peso unilateral.
No caso dos praticantes de atividade física é importante focar na técnica dos movimentos e na progressão de cargas.
3 – Artrite reumatoide
A artrite reumatoide é uma doença autoimune que afeta diversas articulações.
Nela, as estruturas de amortecimento das articulações encontram-se com problemas, sendo que o próprio organismo ataca essas estruturas.
Alguns problemas reumáticos afetam o tecido conjuntivo e isso pode favorecer ao aparecimento de problemas nos tendões.
4 – Quedas
Situação bastante comum em idosos, as quedas podem levar não somente a fraturas ósseas, como também em rompimentos de fibras e danos aos tendões.
No caso do ombro, fibras do tendão do músculo supraespinhal, quando rompidas, podem levar à inflamação local, se não tratada corretamente, pode levar a uma situação crônica.
5 – Lesões anteriores
Por último, em atletas, lesões anteriores levam à formação de tecido cicatricial.
O tecido cicatricial é menos vascularizado e mais rígido do que os tecidos originais.
Portanto, imagine um atleta que constantemente sofre rompimento de pequenas fibras de tendões.
Com o passar do tempo, o tecido cicatricial que substituiu o tecido lesionado gera mais rigidez no tendão, o que pode contribuir para inflamação no local.
Realizar uma avaliação com um fisioterapeuta, pode ajudar a identificar fatores de risco para a prática da modalidade escolhida.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico da tendinopatia do supraespinhal deve ser feito por um médico ortopedista.
Geralmente, o paciente procura o médico ortopedista quando a dor começa a trazer grande limitação às atividades do dia a dia.
O médico realiza testes clínicos, colhe a história do paciente e se necessário solicita exames complementares, nesse caso a ressonância magnética.
O fisioterapeuta realiza o diagnóstico funcional. Na avaliação é realizado alguns testes como mobilidade ativa, localização da dor, testes de força, imagens de foto e vídeo do movimento, mobilidade e se o paciente for atleta é necessário acompanhar o paciente no seu ambiente de treino.
Tratamento

O tratamento da tendinopatia do supraespinhal é predominantemente conservador. Ou seja, tratamento médico e fisioterapêutico.
O fisioterapeuta entra com técnicas para controle da dor, fortalecimento e exercícios específicos, mesmo o paciente não sendo atleta.
Durante o período de tratamento fisioterapêutico, o atleta deve reduzir a carga nos treinos.
A cirurgia não é indicada antes de ao menos de 3 a 6 meses de sessões de fisioterapia.
Vale lembrar que a indicação de cirurgia deve ser feita somente pelo médico ortopedista, após falha do tratamento conservador.
E que após a cirurgia, em que o tendão pode ser suturado, o braço deverá ficar imobilizado por alguns dias.
Então, o paciente no pós-cirúrgico, deverá fazer diversas sessões de fisioterapia para voltar a movimentar o braço, lentamente.
Tendinopatia do supraespinhal tem cura?
Sim, com o diagnóstico correto e sessões de fisioterapia, tendo boa aderência do paciente, em média de 4 a 6 meses, o caso tem resolução completa.
Dessa forma, o paciente não sentirá mais dor no local e poderá retornar às suas práticas desportivas.
Mas, para isso, a aderência do paciente ao tratamento é essencial, com o comparecimento às sessões de fisioterapia e tendo calma, para que a reparação no local aconteça.
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