Quando um médico ortopedista avalia o ombro, existem vários testes que podem indicar problemas nas estruturas que formam a articulação. Dentre esses testes, o teste de Apley é comumente aplicado.
Agendar uma consultaLeia mais sobre o assunto abaixo!
Para que serve o teste de Apley ombro?

O teste de Apley também é chamado teste de coçadura ou teste de coçar. Isso porque ele exige que o paciente faça um movimento simples, como se fosse coçar uma região das costas.
Para executar esse movimento, o paciente necessita colocar a mão em uma porção das costas, exigindo o funcionamento de determinadas estruturas do ombro.
Assim, o teste de Apley permite avaliar os tendões do manguito rotador, uma estrutura do ombro formada por quatro músculos, responsáveis pela estabilização do ombro: supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor.
Agendar uma consultaEsses músculos se originam na escápula e se inserem através de tendões largos na cabeça do úmero, recobrindo-a.
Ao executar o movimento determinado pelo teste, é possível lançar a hipótese de tendinopatia desses tendões, geralmente sendo o tendão supraespinhal o mais afetado.
Como o teste de Apley ombro deve ser executado?

Inicialmente, o paciente deverá estar sentado. Então, o paciente deverá levar a mão, do lado do ombro afetado, até a região oposta, em direção à parte de trás da cabeça, tentando encostar na região superior da escápula.
Em seguida, o paciente deverá executar o mesmo movimento, porém tentando encostar na região inferior da escápula.
Dessa forma, o teste de Apley, no ombro, também é chamado teste de coçar, pois, é um movimento como solicitar ao paciente que coce a região da escápula do lado oposto ao ombro a ser examinado.
Caso o paciente sinta dor ou não consiga executar o movimento, devido à limitação do movimento da articulação do ombro, o resultado do teste de Apley é positivo.
Assim, com o teste de Apley positivo, pode-se lançar a hipótese de tendinopatia do supraespinhal.
Porém, o exame do ombro feito pelo médico ortopedista não se limita somente a um teste.
Outros testes também são realizados, para confirmar ou descartar hipóteses diagnósticas.
Alguns exemplos de outros testes a serem realizados para avaliação física do ombro são: teste de Neer, que também avalia lesões no manguito rotador, teste de Jobe, o qual avalia especificamente o músculo supraespinhal, dentre outros.
Quais são os movimentos realizados pelo teste de Apley?
Durante a execução do teste de Apley, é possível analisar os seguintes movimentos: abdução, rotação externa e rotação interna.
Por isso, o teste deve ser realizado por um profissional que saiba interpretar quando o paciente sente dor e se o teste deu positivo ou não.
Se o teste de Apley deu positivo, o que fazer?
Conforme explicamos, uma hipótese diagnóstica não é confirmada somente com um teste de avaliação do ombro.
De fato, o médico ortopedista realiza diversas movimentações no ombro, para ter hipóteses de quais estruturas estão lesionadas.
Com a hipótese diagnóstica em mente, o médico ortopedista pode solicitar alguns exames de imagem, os quais podem auxiliar na confirmação do diagnóstico.
Dentre os exames de imagem mais solicitados estão radiografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
A diferença entre esses exames de imagem está em quais estruturas o exame melhor fornece respostas, além da facilidade e custo do exame.
Dessa forma, geralmente, a radiografia é o primeiro exame a ser solicitado, o qual fornece informações precisas sobre fraturas ósseas, por exemplo.
Portanto, em caso de fraturas do ombro ou luxações do ombro, por exemplo, quando há o deslocamento da cabeça do úmero para fora da cavidade glenoide, a radiografia costuma auxiliar bastante no diagnóstico e também na alta do paciente.
Já a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são exames mais detalhistas, que fornecem informações mais precisas sobre os ligamentos e estruturas moles do ombro.
Além disso, caso haja alguma indicação cirúrgica, esses exames costumam ser pedidos para orientar a cirurgia.
Portanto, lesões mais complexas, como no caso de luxações em que há danos em ligamentos e outras lesões no ombro, exames mais detalhados são geralmente solicitados.
Tratamento

Com a confirmação do diagnóstico, inicialmente, o médico ortopedista prescreverá medicamentos, para reduzir o grau de dor do paciente.
No caso de tendinopatias, é importante que o paciente também dê um certo “repouso” ao ombro dos movimentos repetitivos que levaram à lesão.
Portanto, no caso de atletas, deve-se suspender treinos e a prática esportiva. Para trabalhadores que usam constantemente a articulação do ombro, como pintores ou até mesmo professores, repouso também é bastante indicado.
Mas, ao contrário do que muitos pensam, durante o período de repouso, o braço ainda deve ser movimentado.
Isso porque no caso de uma tendinite, quando há limitação do movimento e o ombro fica imóvel, aumenta-se o risco do paciente desenvolver um quadro denominado capsulite adesiva.
A capsulite adesiva, também chamada, ombro congelado, é uma condição clínica em que o paciente não consegue mais realizar a movimentação do ombro.
Embora seja uma condição que se resolve espontaneamente, no período de até 2 anos, a perda de movimento nesse período, além da dor, pode ser bem grande.
Dessa forma, inicialmente, após a confirmação do diagnóstico, o médico ortopedista prescreverá analgésicos e anti-inflamatórios para o paciente.
Fisioterapia também é importante nesta fase, pois com técnicas e manobras para o controle da dor, a evolução positiva do paciente é mais rápida.
A seguir, o paciente deverá fazer sessões de fisioterapia, para garantir uma boa mobilidade e fortalecimento das estruturas do ombro.
Prognóstico
Qualquer inflamação em estruturas do ombro, sejam essas estruturas tendões, bursas ou a própria cápsula, costuma ser bem dolorosa.
Caso o paciente não faça sessões de fisioterapia e somente “trate” as lesões com medicações, a tendência é o quadro retornar.
Por isso, é fundamental que o paciente não baseie seu tratamento somente em medicação, mas compareça às sessões de fisioterapia.
Assim, com fortalecimento das estruturas do ombro e realinhamento do movimento, o prognóstico de lesões inflamatórias no ombro é bom. Mas, cada caso deve ser avaliado individualmente.
Outro fator que influencia no prognóstico é a existência de comorbidades, como artrose ou artrite reumática, por exemplo, mas que também devem ser tratadas.
Quanto mais um paciente demora a procurar diagnóstico correto, convivendo com dor e “tratando” somente com medicação, mais o prognóstico da lesão piora e mais difícil é retornar a um grau de mobilidade ideal. Daí a importância de não conviver com dor e fazer o tratamento adequado.
Agendar uma consulta