Teste de Patte

Durante a avaliação ortopédica de um paciente, existem diversos testes que podem ser feitos, os quais auxiliam no diagnóstico do quadro. Dentre eles, o teste de Patte é bastante utilizado para diagnóstico de lesão no tendão do músculo infra-espinhal. 

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Para que serve o teste de Patte?

desenho mostrando anatomia do ombro
O Teste de Patte é feito par aidentificar lesão no tendão do ombro.

O teste de Patte é utilizado para avaliação ortopédica do tendão do músculo infra-espinhal.

Caso o paciente apresente dor durante a realização desse teste ortopédico, há fortes indícios de ruptura desse tendão. 

Além do teste de Patte, existem vários outros testes que podem ser realizados durante o exame físico ortopédico do ombro.

De fato, o objetivo desses testes ortopédicos é avaliar se há limitação do movimento e qual estrutura do ombro está comprometida. 

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Como o teste de Patte é feito?

mulher sentada com braço levantado fazendo Teste de Patte com especialista
Teste de Patte é feito por um ortopedista.

Para realização do teste de Patte, é necessária a participação de um médico ortopedista ou de um profissional que tenha amplo conhecimento anatômico da região do ombro. 

Afinal, é preciso identificar a região exata que o paciente sente dor e se o paciente tem dificuldades na realização do exame. 

Para começar, o paciente deve ficar em pé, com os braços abduzidos e o ombro flexionado em 90º.

Assim, o profissional deverá exercer resistência ao paciente, na altura do punho. O paciente, então, deverá fazer força no sentido contrário à resistência oferecida. 

Ou seja, o paciente deverá resistir à rotação interna do ombro. Dessa forma, apresentando dor ou dificuldades para realização desse teste, há o indicativo positivo de lesão no tendão do músculo infra-espinhal. 

Por que o teste de Patte é importante?

Conforme já dissemos, a avaliação física ortopédica do ombro é essencial para que o médico ortopedista estabeleça o correto diagnóstico do quadro clínico. 

Muitas lesões não aparecem claramente em radiografias, por exemplo, os exames de imagem de primeira escolha em diversos centros ortopédicos.

Raramente, é prescrita uma ressonância magnética sem antes ter sido feita uma radiografia da região. 

Assim, devido a limitações da técnica, nem todas as lesões aparecem com clareza nas radiografias iniciais. Além disso, a avaliação do paciente não é baseada somente em exames de imagem. 

De fato, exames de imagem são exames complementares ao diagnóstico, que é, em diversas situações da Medicina, eminentemente clínico.

Por isso, o exame físico do paciente sempre faz parte da avaliação ortopédica completa. 

Dessa forma, são necessários diversos testes ortopédicos físicos para auxiliar o médico ortopedista em determinar hipóteses diagnósticas. 

No caso do ombro, estruturas como tendões, cápsula, bem como bursas devem ser avaliadas, pois, inflamações locais resultam em um mesmo sintoma: dor no ombro. 

Como o sintoma “dor no ombro” é bastante vago e não indica com precisão qual estrutura do ombro está inflamada ou comprometida, os testes físicos ortopédicos são essenciais para auxílio no diagnóstico do quadro. 

Teste de Patte positivo: o que fazer? 

Após a realização do teste de Patte pelo médico ortopedista, pode-se confirmar o diagnóstico com outros testes, que excluirão danos em outras estruturas. 

Além dos exames de imagem solicitados, geralmente, o médico ortopedista prescreve analgésicos e anti-inflamatórios, para que o paciente consiga suportar a dor e assim, ter boa tolerância com as demais fases do tratamento proposto. 

Quando há ruptura do tendão do infra-espinhal, há um quadro clínico denominado síndrome do manguito rotador.

O manguito rotador é um conjunto de quatro músculos e tendões que auxiliam na estabilidade do ombro, atuando nos movimentos de elevação e rotação do braço. 

É importante estabelecer se a ruptura do tendão é parcial ou total. Outro fator importante é a idade do paciente, bem como seu estágio geral de saúde.

Pacientes mais jovens, com maior mobilidade da articulação, sem doenças preexistentes costumam ter prognóstico mais favorável a procedimentos cirúrgicos. 

Em pacientes mais idosos, o tratamento conservador é preferível ao tratamento cirúrgico.

Mas, quando há ruptura completa do tendão, o tratamento cirúrgico é a primeira opção de tratamento. 

Mas, é fundamental lembrar que a fisioterapia faz parte tanto do tratamento conservador, logo após o procedimento cirúrgico. 

Fisioterapia em ruptura do infra-espinhal 

Com a fisioterapia, o paciente conseguirá retornar à mobilidade que possuía antes da ruptura do tendão ou ficar bem próxima a isso. 

Vale lembrar que quando há procedimentos cirúrgicos como parte integrante do tratamento, a fisioterapia atua no fortalecimento e no retorno gradual da movimentação da articulação.

De fato, o tratamento fisioterápico inicia-se, muitas vezes, no próprio âmbito hospitalar. 

Quando a imobilização do braço é removida, 2 a 3 sessões de fisioterapia por semana são indicadas para que o paciente consiga, aos poucos, retomar a mobilidade e as atividades do dia a dia. 

O retorno à prática esportiva pode ser mais demorado e em casos de cirurgia, pode demorar até 4 meses, dependendo bastante da evolução do paciente durante o período de recuperação. 

Outro fator importante é que o sucesso da cirurgia no caso de rupturas completas do tendão infra-espinhal depende de uma série de fatores, dentre eles, a qualidade do tendão antes da ruptura, o estado muscular antes da ruptura, se já havia limitação de movimento considerável, por exemplo. 

O estado geral de saúde do paciente também é importante. Em caso de rupturas parciais, a avaliação da indicação do tratamento conservador ou cirúrgico deve ser bem analisada, dependendo dos fatores individuais presentes. 

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